Os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira a retirada de ex-rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia de sua lista de organizações terroristas.

“O Departamento de Estado está revogando a designação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) como Organização Terrorista Estrangeira”, disse o secretário de Estado, Antony Blinken, em um comunicado.

A organização estava na lista negra dos Estados Unidos desde 1997.

A decisão veio após o quinto aniversário dos acordos de paz entre o governo colombiano e as FARC, que levaram ao desarmamento e dissolução da guerrilha mais poderosa da América.

Em 24 de novembro de 2016, o então presidente colombiano Juan Manuel Santos e Rodrigo Londoño, líder de um exército rebelde de 13.000 homens e mulheres, assinaram um acordo de paz que permitiu ao grupo se tornar um partido político.

“O processo de paz e a assinatura do acordo de paz há cinco anos foram uma virada fundamental no longo conflito na Colômbia”, lembrou Ned Price, que destacou que “acabou com cinco décadas de conflito” e “levou a Colômbia a um paz justa e duradoura ”.

“Fizemos todo o possível para preservá-lo, em cada etapa”, frisou. E “continuamos totalmente comprometidos em trabalhar com nossos parceiros colombianos na implementação do acordo de paz”, disse ele.

Após a notícia, Marc Gonsalves, um dos norte-americanos detido pelas FARC por mais de 5 anos, reagiu à medida: “As FARC aterrorizam a Colômbia há mais de 60 anos. Refiro-me a crimes graves contra a humanidade: assassinatos, tortura, bombardeios, tomada de reféns, estupro, desmembramento, sequestro, recrutamento forçado de crianças soldados … A lista continua … “

Ele acrescentou que conhece em primeira mão a “brutalidade” das FARC: “Eles me sequestraram e me fizeram refém. Meus colegas de trabalho foram executados por eles. Tirar as FARC do FTO ignora o sofrimento e as lutas de suas vítimas. Além disso, dificulta nossa capacidade de encontrar e receber justiça “, disse ele. *NTN24

Publicidade