O presidente da Colômbia, Iván Duque, afirmou nesta sexta-feira que o governo colombiano está focado em enfrentar os dissidentes das FARC após o anúncio dos Estados Unidos de retirar a extinta guerrilha de sua lista de organizações terroristas.
Os Estados Unidos anunciaram a medida com o objetivo de “apoiar melhor” a implementação do pacto de paz selado há cinco anos: “O Departamento de Estado revoga a designação das FARC como organização terrorista estrangeira”, disse o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken., É uma declaração.
Nesse sentido, Duque garantiu que entende e respeita a ordem do governo Joe Biden, embora “tivesse preferido outra decisão”.
Ele também explicou que, apesar da medida, os processos judiciais contra membros das FARC continuarão no país norte-americano, eles não poderão solicitar vistos para entrar nos Estados Unidos e que os dissidentes das FARC chamaram FARC-EP e La new Marquetalia continuará na lista de terroristas
Do ponto de vista da selva e cercado por três combatentes com fuzis e camuflagem, o ex-número um das FARC, Iván Márquez, propôs a reabertura das negociações de paz em entrevista transmitida nesta terça-feira (30) pelo noticiário NotiCentro.
“Queremos um governo que arrisque tudo pela paz total, que retome as negociações com o ELN, que abra um capítulo de diálogos com todas as insurgências e que fale também com as organizações sucessoras do paramilitarismo”, disse o ex-negociador rebelde.
Diante do chamado de Márquez, o presidente colombiano descreveu o fugitivo da justiça como um “bandido, criminoso e narcoterrorista que só espera o mesmo destino de seu homólogo ´Otoniel´, capturado pelas forças do país.
“Aquele desgraçado agora sai para falar sobre paz … paz total para bandidos como ele é capturá-los e matá-los.” *Informações NTN24