Cerca de 15 milhões de eleitores do Chile poderão votar neste domingo (7) para eleger 50 representantes que vão escrever uma nova Constituição do país.

Atualmente, o Chile é regido por uma Constituição de 1981, quando o país era governado pela ditadura de Augusto Pinochet (a Carta atual foi imposto pelo ditador, ninguém foi eleito para redigir, e a versão final nunca passou por um escrutínio dos eleitores).

As pesquisas de opinião indicam que os conservadores e a centro-direita deverão ter a maioria dos 50 assentos na Assembleia Constituinte.

Por que os chilenos votarão de novo em uma Constituinte?

Em outubro de 2019 o Chile passou por uma onda de protestos. Depois das manifestações, ficou decidido que o país teria uma nova Constituição. Essa foi uma forma de o governo da época acalmar os manifestantes naquela ocasião.

  • Em 16 de maio de 2021, então, os chilenos então elegeram os membros de uma Assembleia Constituinte. Os constituintes levaram um ano para redigir uma nova proposta de Constituição. O texto foi considerado vanguardista, havia garantia de muitos direitos.
  • Em dezembro de 2021, o país elegeu um novo presidente, Gabriel Boric, de esquerda.
  • Em setembro do ano passado, 62% do eleitorado rejeitou a proposta de Constituição.

Ainda que a eleição de Boric e o processo constituinte sejam independentes, o presidente ficou sem uma de suas principais bandeiras quando o texto foi rejeitado.

A rejeição à proposta de Constituição foi considerada contundente e na prática deixou o governo de Boric sem sua principal bandeira. *Informações G1

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