A China enviou navios de guerra nesta quinta-feira (6) em torno de Taïwan, em represália ao encontro entre a presidente Tsai Ing-wen e o republicano Kevin McCarthy, presidente da Câmara dos Representantes, nesta quarta-feira (5), nos Estados Unidos.

A reunião aconteceu durante uma escala da representante taiwanesa nos EUA, em sua viagem de volta da Guatemala e Belize, dois dos últimos aliados oficiais da ilha.

McCarthy planejou inicialmente seguir o exemplo de sua antecessora no cargo, a democrata Nancy Pelosi, que visitou Taiwan em agosto do ano passado. A viagem provocou a indignação da China, que respondeu com as maiores manobras militares de sua história ao redor da ilha.

O presidente da Câmara dos Representantes acabou optando por se encontrar com Tsai Ing-wen e vários representantes do Congresso na Biblioteca Presidencial Ronald Reagan, em um subúrbio de Los Angeles.

“Os Estados Unidos e Taiwan conspiraram para reforçar suas relações, o que afeta a soberania chinesa e exerce uma má influência nos separatistas de Taiwan”, diz Mao Ning, porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores. “A China tomará medidas firmes para defender com determinação sua soberania nacional e sua integridade territorial”, completou Ning durante uma entrevista coletiva.

Pouco antes da reunião entre a representante de Taiwan e o líder americano, Pequim já havia enviado um porta-aviões ao redor da ilha. O Ministério da Defesa de Taiwan já havia informado, nesta quinta-feira (6), sobre a presença de um helicóptero e três navios de guerra chineses.

“Uma aeronave do Exército Popular de Libertação e três barcos da Marinha do Exército Popular de Libertação foram detectados às 6h (19h em Brasília) de hoje [quinta-feira]”, diz um comunicado do ministério. “As Forças Armadas monitoraram a situação e mobilizaram aviões de patrulha aérea de combate, navios da marinha e sistemas de mísseis terrestres para responder a essas atividades”, acrescenta o texto. *Com informações RFI