O presidente da França enfrenta nesta quinta-feira (23) o nono dia de manifestações violentas pela polêmica reforma da Previdência que o Governo aprovou.

Desde que a medida promovida pelo presidente Macron foi aceita, milhares de pessoas saíram às ruas de diferentes cidades para protestar, enfrentando as forças públicas e destruindo patrimônio público.

A reforma, que visa adiar a idade de aposentadoria de 62 para 64 anos até 2030 e antecipar para 2027 a exigência de contribuir com 43 anos (e não 42 como antes) para recolher a pensão completa, causou indignação na classe trabalhadora.

Além disso, setores políticos lançaram fortes críticas ao governo francês por adotar a reforma sem o voto dos deputados.

Em Paris, a Polícia interveio com cargas, gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersar os manifestantes reunidos em vários pontos da capital.

De sua parte, os cidadãos indignados responderam com violência e bombas incendiárias.

Philippe Martinez, líder do sindicato CGT, disse a Macron para “jogar uma lata de gasolina no fogo” , enquanto um de seus colegas pediu para não realizar ações violentas.

São precisamente os sindicatos o principal problema para Macron, já que conseguem mobilizar milhões de pessoas.

Por outro lado, a visita combinada do rei Carlos III a Paris não foi modificada e ele será recebido com tapete vermelho, apesar da crise social que o país vive.

“Não estou ciente de nenhuma mudança nos planos”, disse um porta-voz de Downing Street a repórteres na quinta-feira.

Esta será a primeira viagem do monarca ao exterior desde que assumiu o trono em setembro, após a morte de Elizabeth II. *NTN24

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