Percebida co mo o ponto fraco do setor bancário na Suíça, o Credit Suisse viu a cotação de suas ações cair até 30%, na quarta-feira (15), atingindo um novo mínimo histórico de 1,55 francos suíços, apesar das tentativas de seu presidente, Axel Lehmann, de tranquilizar os mercados.
Durante uma conferência para o setor bancário na Arábia Saudita, Lehmann garantiu que o banco não precisa de ajuda do governo. “Isso não está em questão”, declarou, sublinhando que o banco conta com “dividendos sólidos”, sem no entanto conseguir tranquilizar os mercados.
Após essas declarações públicas, o banco, as autoridades financeiras e o governo permaneceram em silêncio durante todo o dia. No entanto, a preocupação vai além das fronteiras da Suíça.
A primeira-ministra francesa Elisabeth Borne pediu às autoridades suíças que resolvam os problemas do Credit Suisse.
O Credit Suisse buscou reforçar sua liquidez e restaurar a confiança dos investidores nesta quinta-feira (16) tomando empréstimos de até 54 bilhões de dólares do banco central da Suíça, depois que uma queda em suas ações intensificou os temores de uma crise bancária global.
O Credit Suisse é o primeiro grande banco global a receber uma ajuda de emergência desde a crise financeira de 2008 e seus problemas levantaram sérias dúvidas sobre se os bancos centrais serão capazes de sustentar aumentos agressivos nas taxas de juros. *Com informações RFI