O lançamento do novo foguete principal do Japão, o H3, terminou em fracasso, após o motor do segundo estágio não entrar em ignição e a missão ter sido abortada.

O H3 foi lançado às 10h37, desta terça-feira, a partir do Centro Espacial de Tanegashima, no sudoeste do país. Esta seria a viagem inaugural do foguete. Ele estava programado para colocar em órbita um satélite de observação terrestre por volta de 17 minutos mais tarde, a uma altitude de aproximadamente 675 quilômetros.

Segundo a Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (Jaxa), cerca de oito minutos depois do lançamento, foi anunciado que a ignição do motor do segundo estágio do foguete, chamado de LE-5B-3, não havia sido confirmada.

Por volta de 10h52, foi anunciado que o H3 recebeu ordem para se autodestruir. A Jaxa investiga as causas do problema.

O H3 é um dos sucessores do H2A. O novo foguete principal é o maior do Japão, com altura máxima de 63 metros. Trata-se do primeiro foguete de grande porte desenvolvido no país em cerca de 30 anos. O objetivo era aumentar a capacidade de carga para 1,3 vez em relação ao H2A, além de cortar os atuais custos de lançamento até por volta da metade.

As codesenvolvedoras Agência de Exploração Aeroespacial do Japão e Mitsubishi Heavy Industries investiram mais de 200 bilhões de ienes, ou aproximadamente 1,5 bilhão de dólares, desde que iniciaram o projeto há nove anos.

O primeiro foguete H3 estava programado inicialmente para ser lançado no ano fiscal de 2020. Contudo, o lançamento foi adiado em parte devido a dificuldades com o desenvolvimento do novo motor principal. O foguete estava programado para ser lançado em 17 de fevereiro, mas a partida foi abortada devido a uma anomalia detectada no sistema do primeiro estágio. De acordo com a Jaxa, medidas haviam sido tomadas para lidar com o problema.

O lançamento fracassado desta terça-feira deve provocar um impacto considerável, já que o H3 é tido como uma das chaves para o futuro do desenvolvimento espacial do Japão. *NHK

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