A imprensa francesa deste domingo (5) analisou a participação do ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), ocorrida em Washington, no sábado (4).

O jornal Le Parisien escreve que o brasileiro “foi recebido como uma estrela de rock” por apoiadores próximos a Donald Trump. 

Instalado na Flórida desde o final de dezembro, Jair Bolsonaro, 67 anos, julgou que sua relação com o ex-presidente Trump é “simplesmente excepcional”, segundo o diário francês, que lembrou o fato de bolsonaro ser frequentemente chamado de “Trump dos Trópicos”.

No último dia da CPAC, a grande convenção política conservadora organizada esta semana nos subúrbios de Washington, Jair Bolsonaro falou para uma plateia lotada com a ajuda de um tradutor. O Parisien escreve que ele “tocou em todos os temas caros à direita americana, desde os direitos dos transgêneros, críticas à vacina contra a Covid-19, até a ameaça socialista”.

O jornal Le Figaro destaca que o ex-presidente brasileiro questionou a sua derrota nas eleições de outubro, assim como fez Donald Trump, nos Estados Unidos. “Bolsonaro persiste em questionar a vitória de seu rival”, destaca a reportagem. “Tive mais apoios em 2022 do que em 2018 e não entendo porque os números dizem o contrário”, discursou o ex-presidente derrotado nas urnas, sob os aplausos do público.

Citações contra a “ideologia de gênero”, o aborto e as ameaças que seu sucessor faria ao princípio da “propriedade”, “um dos pilares da democracia” brasileira rechearam o discurso de Bolsonaro, de acordo com o jornal. O ex-presidente também fez declarações apaixonadas ao Brasil, convidando o público a visitar a “Amazônia que é só nossa”. Um país onde afirma ter “semeado muito” e que revelou “muito potencial”.

O ex-presidente também fez declarações apaixonadas ao Brasil, convidando o público a visitar a “Amazônia que é só nossa”. Um país onde afirma ter “semeado muito” e que revelou “muito potencial”.

Libération encerra a reportagem dizendo que a útima fala de Bolsonaro foi dirigida ao “povo americano, que sempre admirou”, e ao seu modelo: “É essencial dizer que a minha relação com Donald Trump foi simplesmente excepcional”, concluiu o político conservador, “antes de assistir ao discurso do ex-presidente Donald Trump da primeira fila”, o  “lugar dos bons alunos”, conclui o jornal francês. *Com informações RFI

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