Neste domingo (05) a Venezuela celebra os dez anos da morte do ex-presidente Hugo Chávez (1954-2013). Conhecido como o pai do “Socialismo do Século XXI”.

O polêmico político, que faleceu de câncer, chegou ao poder em 1999, ano em que começou a implementar reformas sociais e alterar as estruturas de poder no país. Na mesma medida em que foi amado, foi odiado, o que suscitou uma polarização popular vigente até hoje.

Uma série de eventos marca os dez anos da morte de Chávez. O mais notório é a abertura de uma nova exposição em homenagem ao ex-presidente. Organizada pela Fundação Hugo Chávez, a mostra intitulada “os dez anos da semeadura do comandante” – patente pela qual ele também era conhecido – passeia por etapas desde o nascimento do pai do “Socialismo do Século XXI” até sua eleição, em 1998.

O acesso à exibição é gratuito e uma linha de ônibus fará o translado dos visitantes até o Quartel da Montanha, a caserna onde está o corpo de Chávez, localizada perto do Palácio Presidencial de Miraflores, aqui em Caracas. O valor investido para reformar a estrutura não foi divulgado

Crise econômica 

A maioria das pessoas entrevistadas, entre chavistas e opositores, não estavam muito conectadas à data. Eles manifestaram preocupação quanto à situação econômica que atravessam.

Um dos entrevistados, que está doente, disse que o dinheiro destinado às celebrações deveria ser usado em benefício do povo.

“Há coisas mais importantes a fazer. Em vez de gastar dinheiro deveriam investir principalmente em saúde. Não estou de acordo com isso (com as celebrações) ”. 

A moeda venezuelana vem perdendo poder de compra. O salário mínimo de 130 bolívares valia, em dezembro passado, cerca de US$ 30. Com a desvalorização, agora vale cerca de US$ 5, valor inferior ao preço de um quilo de carne.           

De acordo com a “Psicodata”, pesquisa que avalia a situação emocional dos venezuelanos, divulgada pela UCAB, a principal universidade do país, 90% dos venezuelanos estão preocupados com o futuro do país e 40% dizem que seu humor costuma piorar por causa disso. Já 73% dizem que ficam tristes ao pensar no futuro da Venezuela. *Com RFI

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