Os ucranianos passaram um ano tentando adivinhar quando será o próximo ataque. Civis têm vivido sob a constante ameaça de bombas desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro de 2022. Alguns se acostumaram com o soar de sirenes de alerta de ataque aéreo e a procura de um local seguro para se proteger.
Autoridades do Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos afirmam que pelo menos 8 mil civis foram mortos nos combates, mas dizem que este número pode ser “significativamente maior”. Explicam que a maioria das mortes ocorreu devido a bombas de artilharia, mísseis e outros armamentos que causaram danos generalizados.
Mesmo assim, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy afirmou, na quinta-feira, na véspera do marco de um ano da invasão, que seu país “vai triunfar”.
Mais cedo, Zelenskyy havia dito: “Não vamos reduzir a pressão contra os inimigos, tanto interna quanto externamente”.
Ao verem tropas russas cruzarem a fronteira há um ano, muitos analistas projetavam que as defesas ucranianas iriam sucumbir em poucos dias. No entanto, os ucranianos mantiveram a linha de frente, e retomaram territórios no leste do país.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, enviou dezenas de milhares de soldados aos combates, seguidas de diversas levas de reforço. Analistas britânicos de defesa afirmam que os russos podem ter sofrido até 200 mil baixas.
Em comentários feitos na quinta-feira (23), Putin afirmou: “Nossas tropas estão lutando heroicamente contra o neonazismo que se enraizou na Ucrânia, e estão protegendo nossa população em nossas terras históricas. Estão combatendo heroica e corajosamente”.
Autoridades russas têm visto lideranças ocidentais se unirem para armar os ucranianos com assistência financeira, humanitária e militar. O lado russo imagina que suas tropas podem, em breve, enfrentar armamentos mais avançados, incluindo tanques de guerra. O Ministro da Defesa, Sergei Shoigu, disse que os russos se encontram “em grande perigo”. *NHK