O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, assinou neste fim de semana um decreto nacionalizando o lítio do país.

A medida complementa uma reforma aprovada em abril do ano passado em que o lítio é considerado propriedade da nação.

O anúncio da nacionalização foi feito em Sonora, estado fronteiriço com os Estados Unidos e que concentra as maiores jazidas de lítio do país.

Apesar do interesse por esse mineral, o México é um player menor nesse campo em comparação com outros países do mundo.

Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos, ocupa o décimo lugar entre os países com maiores reservas do mundo, bem abaixo da Bolívia ou da Argentina.

O presidente mexicano comparou a nacionalização com a expropriação do petróleo de 1938, que deixou a exploração do chamado ouro negro nas mãos do Estado até 2013, embora tenha convidado países produtores de lítio e empresas privadas a participar do que chama de “ Plano Sonora”.

O lítio tornou-se um dos minerais mais valorizados do mundo, pois é a base de baterias elétricas utilizadas na fabricação de aparelhos elétricos e veículos.

Rubén Olmos, analista internacional e sócio-diretor da Global Nexus, analisa o decreto assinado por López Obrador, sobre o lítio, no último final de semana.

“López Obrador continua sua agenda nacionalista. (…) Faz parte de uma série de ações que o presidente vinha realizando desde o ano anterior”, disse Olmos.

Ele também destacou que parece inevitável, apesar do decreto, a participação da iniciativa privada na produção de lítio. 

“Não concebo o sucesso dessa ideia de transformar Sonora em uma potência de lítio se o setor privado não participar”, disse. *NTN24

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