O Congresso peruano votou nesta sexta-feira (17) a favor da declaração do presidente colombiano Gustavo Petro de “persona non grata” , após suas declarações em que apontou a Polícia daquele país por aplicar “métodos nazistas para enfrentar o povo”, em meio aos protestos contra Dina Boluarte.  

Com 72 votos a favor, 29 contra e 7 abstenções, o plenário do Congresso aprovou a moção contra o presidente colombiano, que inclui também a proibição de sua entrada em território peruano.  

Nesse sentido, foi feito um apelo ao Itamaraty para impedir a entrada do Petro no país.  

O documento menciona que o presidente lançou um “crime” contra a Polícia Nacional do Peru, ao mesmo tempo em que suas declarações “banalizam” o Holocausto.  

“Estas declarações agravantes foram feitas no mesmo dia em que sete policiais foram mortos em um ataque terrorista no VRAEM ” (Valle de los Ríos Apurímac, Ene y Mantaro), disse o comunicado

Em janeiro, o Governo peruano já tinha demonstrado desagrado com “um novo ato de ingerência” de Petro na política interna, depois de o líder colombiano se ter pronunciado sobre a ação de despejo de manifestantes de uma universidade em Lima.

O Parlamento peruano aprovou, no final do ano passado, uma moção a rejeitar “as constantes ingerências nos assuntos internos” de Petro e do homólogo mexicano, Andrés Manuel López Obrador.

Da mesma forma, o governo de Dina Boluarte demonstrou, em dezembro, “profundo desconforto” com as declarações de Petro de apoio ao ex-presidente Pedro Castillo, considerando-as uma interferência inaceitável nos assuntos internos do país.

A referida moção será apresentada ao gerente de negócios da Embaixada da Colômbia, Eufracio Morales, como funcionário do Governo Petro.  *Informações NTN24 e Observador PT

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