A Casa Branca negou nesta segunda-feira (13) as acusações de Pequim de que os Estados Unidos enviam balões para sobrevoar a China com objetivos de vigilância, em um momento de grande tensão entre as duas superpotências.
A administração dos EUA acusa frequentemente a China de espionar seu território ou o de seus aliados usando diferentes estratégias.
“Qualquer afirmação de que o governo dos Estados Unidos opera balões de vigilância sobre a República Popular da China é falsa”, afirmou no Twitter a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson.
“A China é que tem um programa de balões de vigilância de grande altitude para coleta de inteligência, que tem utilizado para violar a soberania dos Estados Unidos e de mais de 40 países nos cinco continentes”, acrescentou Watson.
Nesta segunda-feira, Pequim afirmou que “balões americanos” entraram no espaço aéreo chinês “mais de 10 vezes sem qualquer autorização” desde o início do ano passado.
Um porta-voz do Departamento de Estado americano também rebateu as acusações e afirmou que o governo chinês “tenta limitar os danos”. A China “afirmou repetida e incorretamente que o balão espião enviado aos Estados Unidos era um dispositivo meteorológico e não apresentou qualquer explicação confiável para a invasão do nosso espaço aéreo e de outros países”, disse.
Com base na análise dos destroços do primeiro balão recolhidos no mar, Washington afirma que, ao contrário do que as autoridades chinesas vêm dizendo desde o início da crise, o balão não era um simples equipamento civil de monitoramento climático que desviou de sua trajetória, mas um objeto equipado com ferramentas altamente sofisticadas para coleta de informações sobre alvos terrestres, principalmente militares.
Segundo as autoridades americanas, o balão tinha meios para capturar informações sensíveis de origem eletromagnética, ou seja, detectar a presença de radares e sinais de telecomunicações. *Informações RFI