A agência encarregada do direito ao asilo na União Europeia (UE) pede que os membros do bloco facilitem a entrada das afegãs. Em razão da perseguição que sofrem no país desde a tomada do poder pelos talibãs, a entidade estima que o simples fato de ser mulher no Afeganistão deveria permitir a obtenção de um visto de refugiada na UE.
Desde agosto de 2021 as afegãs vivem reclusas e excluídas dos espaços públicos pelas novas autoridades do país, que as privam do direito à educação, as impedem de trabalhar e circular livremente. A situação preocupa a Agência da União Europeia para o Asilo (AUEA), instituição que coordena a proteção dos migrantes no bloco. A entidade estima que a discriminação imposta às mulheres afegãs atinge um patamar suficientemente grave para ser qualificada como perseguição.
Alguns países europeus já facilitam a entrada das afegãs
Independentemente das orientações da AUEA, alguns países europeus já adotaram medidas visando facilitar o acesso e a permanência das refugiadas afegãs em seus territórios. Além da Suécia, a Comissão dinamarquesa de refugiados anunciou recentemente que vai conceder, baseada apenas em critério de gênero, uma autorização de estadia para todas as afegãs que solicitarem. Os pedidos feitos por todas as mulheres e meninas rejeitados pela Dinamarca desde a queda de Cabul também serão reexaminados. *Informações RFI