Morreu neste sábado (17), aos 85 anos, a escritora Nélida Piñón em Lisboa, Portugal. Ocupante da cadeira de número 30 da Academia Brasileira de Letras (ABL), para a qual foi eleita em 27 de julho de 1989, ela foi a primeira mulher a presidir a entidade.

Nélida Piñon nasceu no Rio de Janeiro em 1937 e se formou em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro. De acordo com o site da ABL, ela foi a primeira mulher no mundo a presidir uma academia de letras.

Traduções em mais de 30 países

Autora de 25 livros, incluindo romances, contos, ensaios e memórias, traduzidos em mais de 30 países, ela recebeu em janeiro passado cidadania da Espanha pela origem da família, da região da Galícia, foi a ganhadora do Prêmio Príncipe das Astúrias, um dos mais importantes do país ibérico, em 2005, pelo conjunto de sua obra.

Ela é, ao lado de Jorge Amado e Paulo Coelho, um dos nomes mais internacionais da literatura brasileira.

Nélida Piñon publicou seu primeiro romance em 1961: Guia-mapa de Gabriel Arcanjo. Em 1972, lançou A casa da paixão, considerado um de seus melhores e mais conhecidos romances, vencedor do Prêmio Mário de Andrade. *DW

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