Na sexta-feira (9), a chancelaria peruana se referiu às declarações do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que se posicionou a favor de Pedro Castillo, após ser demitido pelo Congresso peruano na última quarta-feira.  

“O Ministério das Relações Exteriores convocou a Carga Empresarial da Colômbia e expressou sua surpresa com as declarações das autoridades desse país sobre os recentes acontecimentos no Peru”, disse a agência em um comunicado.  

O presidente colombiano disse na quinta-feira passada que Castillo, hoje detido em Lima, estava encurralado desde o primeiro dia de seu governo, mas errou ao tentar dissolver o congresso que decidiu demiti-lo já que, segundo Petro, a antidemocracia é não lutou com a antidemocracia. 

“Pedro Castillo, por ser professor na Serra e presidente da eleição popular, foi encurralado desde o primeiro dia. Não conseguiu mobilizar o povo que o elegeu, deixou-se levar ao suicídio político e democrático”, afirmou.  

Além disso, Petro pediu à Corte Interamericana de Direitos Humanos  que aplique a Convenção Americana sobre Direitos Humanos e emita medidas cautelares em favor de Castillo. 

“O direito de eleger e ser eleito e de ter um tribunal de julgamento independente foi violado”, disse ele.  

Com base nessas declarações, o Ministério das Relações Exteriores do Peru respondeu que “no Peru há pleno respeito aos direitos humanos, devido processo legal e separação de poderes, o que garante o acesso de todos os nossos cidadãos à justiça independente”. 

Entretanto, o ministério manifestou-se disposto a continuar “aprofundando a amizade, a cooperação e a integração que unem os dois povos, com base no respeito mútuo, na plena vigência do direito internacional e nos valores partilhados sobre a democracia e os direitos humanos”.  *NTN24

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