
O partido do Presidente Jair Bolsonaro foi multado na quarta-feira (23) pelo ministro Alexandre de Moraes que considerou de “má-fé” a solicitação de revisão do resultado das eleições presidenciais e estipulou o valor em cerca de 23 milhões de reais.
O Partido Liberal (PL), presidido por Waldemar da Costa Neto, tinha solicitado a anulação de parte dos votos eletrônicos registrados nas urnas mais antigas, justificando, mediante auditoria independente, que as máquinas não tinham condições para auditagem. Ainda de acordo com o partido, apenas os votos dos dispositivos mais modernos, nos quais Bolsonaro teria ganho com 51,05%, deveriam ser contados.
São 61% das 577.125 urnas de voto eletrônicos utilizadas nas eleições de Outubro, sobre as quais o Partido Liberal afirma que as fabricadas entre 2009 e 2015 “não podem ser auditadas”, ao contrário do modelo mais moderno, fabricado em 2020.
O juiz Alexandre de Moraes bloqueou igualmente as dotações orçamentais do Estado ao Fundo Partidário até que a multa seja paga e requereu a abertura de um inquérito para apurar um “eventual desvio de finalidade na utilização da estrutura partidária”.