Primeiro-ministro polaco Mateusz Morawiecki convocou uma reunião de emergência com os ministros da segurança e defesa, após relatos de duas mortes perto da fronteira com a Ucrânia. Moscou já negou autoria do ataque.
Um alto funcionário dos serviços de informações dos Estados Unidos afirmou, esta terça-feira (15), que mísseis russos terão morto duas pessoas na Polônia, membro da NATO.
O porta-voz do Governo polaco, Piotr Müller, não confirmou ainda a informação e exortou os meios de comunicação a não publicarem “informações não confirmadas”.
“Qualquer informação apresentada à comissão hoje será comunicada ao público posteriormente, na medida do possível”, garantiu, acrescentando que a decisão de convocar a reunião foi tomada em conjunto com o Presidente polaco, Andrzej Duda.
Citando a imprensa local, a agência de notícias Reuters dá conta que, segundo os bombeiros, duas pessoas morreram na sequência de uma explosão, causada por um projétil, em Przewodów, uma aldeia no leste da Polônia, perto da fronteira com a Ucrânia.
EUA investigam o caso
O Pentágono fez saber que não pode confirmar a informação: “Estamos a par das notícias que alegam que dois mísseis russos atingiram uma localidade na Polônia perto da fronteira ucraniana. Nesta altura, não temos qualquer informação que corrobore estas notícias e estamos a investigar”, afirmou o porta-voz do Pentágono, Patrick Ryder.
Ainda assim, durante uma conferência de imprensa, o porta-voz do Pentágono reiterou a mensagem transmitida pelo Presidente dos EUA, Joe Biden, que prometeu defender o território dos países da NATO.
“Quando se trata dos nossos compromissos de segurança e do artigo 5.º, queremos deixar claro que defenderemos cada centímetro do território da NATO”, avanço.
Rússia nega acusações
Moscou já reagiu, negando a autoria do ataque. Segundo o Ministério da Defesa russo, não foram efetuados ataques contra alvos perto da fronteira da Polônia com a Ucrânia.
De acordo com a Força Aérea ucraniana, a Rússia disparou, esta terça-feira (15), “cerca de” 100 mísseis contra infraestruturas elétricas de várias regiões ucranianas, causando cortes de eletricidade, além de ter atingido igualmente zonas residenciais e feito pelo menos um morto na capital ucraniana, Kiev.
Mais de sete milhões de habitações da Ucrânia estão sem eletricidade após os novos bombardeamentos russos. *Com informações DW