O Brasil chega neste domingo (30) ao segundo turno presidencial após uma campanha agressiva nos debates entre o direitista Jair Bolsonaro e o esquerdista Lula da Silva, e que tomou conta dos apoiadores dos candidatos nas mídias sociais.

A partir das 8h até à 17h deste domingo (horário de Brasília), os 460 mil centros de votação nos 5.568 municípios do país estarão abertos. Embora o Brasil tenha três fusos horários diferentes, o dia das eleições será regido pelo horário da capital.

Sobre o censo eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indicou que há 156.454.011 brasileiros habilitados a votar nas eleições de domingo.

O presidente Jair Bolsonaro foi cedo para votar na cidade do Rio de Janeiro e estava confiante de que sairá “vitorioso” nas eleições contra Lula da Silva. 

“Se Deus quiser, sairemos vitoriosos esta tarde. Melhor dizendo:  o Brasil  sairá vitorioso”, disse o presidente a jornalistas após votar com a camisa amarela na Vila Militar, zona oeste do Rio. “A expectativa é de vitória”, acrescentou.

A campanha política

Após o primeiro turno, os analistas alertavam para uma campanha de “alta tensão” antes da votação em segundo turno. Nos últimos dias tem havido constantes ataques e insultos nas redes sociais e na televisão, ambiente que monopolizou o debate público.

A campanha do presidente Bolsonaro acusou Lula de pretender fechar igrejas, de perseguição a padres e pastores e de promover a ideologia de gênero nas escolas. Além disso, atribuiu ao seu oponente o título de “descondenado”, já que tinha sido condenado em três instâncias pelo Judiciário, e preso, mas o Supremo Tribunal Federal, após cinco anos, determinou a transferência dos processos de Curitiba para a Brasília, para um novo julgamento de Lula em primeira instância, o que lhe permitiu concorrer neste pleito.

Por sua vez, a campanha de Lula acusou o governo Bolsonaro de querer acabar com o 13° salário e as férias, o fim do reajuste pela inflação do salário mínimo e das aposentadorias. O candidato do PL à reeleição, contudo, não menciona esses temas em seu programa de governo.

A disputa pela Presidência do Brasil também foi marcada pelo constante questionamento de Bolsonaro ao sistema eleitoral eletrônico, que não permite a comprovação do voto pelo eleitor, e impossibilita a recontagem dos votos em caso de questionamento do resultado final.

Para alguns analistas, trata-se de “uma eleição histórica”, difícil de ocorrer novamente, numa disputa com esse nível de polarização, entre dois candidatos ao cargo máximo da nação.

 

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