O ministro da defesa ucraniano Oleksii Reznikov manifestou confiança de que a região de Kherson, no sul do país, será libertada do controle russo.
Reznikov concedeu uma entrevista exclusiva à NHK na terça-feira em Kiev. Esta foi a sua primeira entrevista solo com a imprensa japonesa desde que teve início a invasão russa.
Com relação à situação no país, o ministro disse que o primeiro estágio foi deter as tropas russas e que o segundo foi estabilizar as linhas de frente.
Reznikov disse que agora eles se encontram no terceiro estágio — uma campanha de contra-ataque – e que as forças ucranianas estão retomando territórios.
Ele disse que a campanha perdeu velocidade no sul do país porque as tropas russas estão usando canais de irrigação como trincheiras.
Afirmou, no entanto, que as forças ucranianas irão avançar durante o inverno, quando a mobilidade das tropas russas diminuirá.
O exército da Ucrânia intensificou suas contraofensivas em setembro, retomando quase toda a região de Carcóvia, no leste do país.
O ministro disse que a Ucrânia possui um “plano realista para liberar todos os territórios temporariamente sob ocupação”.
Com relação à série de ataques com drones carregando bombas e mísseis desde 10 de outubro, Reznikov acusou a Rússia de direcioná-los contra estruturas e instalações civis ao invés de alvos militares.
Afirmou que a prioridade máxima é estabelecer sistemas de defesa aérea para proteger civis, e apelou ao Ocidente para que ofereça assistência a fim de permitir que a Ucrânia derrube os “drones suicidas” iranianos que a Rússia estaria utilizando.
O ministro argumentou que Moscou sabe que utilizar armamentos nucleares no campo de batalha será arriscado para suas próprias tropas.
Disse ainda que a Rússia está ciente das possíveis consequências de utilizar uma arma nuclear no Mar Negro, que banha três países membros da Otan: Turquia, Romênia e Bulgária. *NHK