Nesta terça -feira (11) a Venezuela não foi eleita para o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas depois que Chile e Costa Rica foram eleitos para preencher os dois cargos disponíveis para a América Latina e o Caribe no período 2023-2025. 

O Chile obteve 144 votos, enquanto a Costa Rica obteve 134 votos. Ambos os países prevaleceram sobre a Venezuela, que só conseguiu 88 votos durante as eleições realizadas na Assembleia Geral da ONU , que elegeu 14 novos membros dentro do órgão sediado em Genebra. 

O regime de Nicolás Maduro anunciou que buscaria a reeleição como membro do Conselho de Direitos Humanos da ONU. 

No entanto, após sua declaração, várias organizações não governamentais, como a Human Rights Watch (HRW), pediram aos Estados membros que votassem contra a Venezuela devido ao histórico de repressão e à ditadura chavista de Maduro. 

A HRW também apontou que a reeleição do regime de Maduro seria “um tapa nos milhões de venezuelanos que sofrem abusos de direitos humanos e nos milhões que foram forçados a fugir desse estado falido”.

Na semana passada, Louis Charbonneau, diretor das Nações Unidas da organização sediada em Nova York, havia assegurado: “O ataque vingativo da Venezuela contra os críticos do governo torna o país impróprio para ser membro do principal órgão de direitos humanos da Venezuela, a ONU”. 

A Missão Internacional Independente da ONU para a Venezuela divulgou no mês passado um relatório no qual acusava o Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin e a Direção Geral de Contra-Inteligência Militar (Dgcim) de ter cometido crimes contra a humanidade para reprimir a dissidência política do país. 

Por sua vez, o embaixador do governo interino da Venezuela nos Estados Unidos, Carlos Vecchio, falou sobre isso, assegurando que Maduro “foi derrotado e ficou de fora do Conselho de Direitos Humanos da ONU” já que “foi uma tolice que um ditador investigado por crimes contra a humanidade estava no mesmo órgão de investigação”. 

O político também agradeceu aos países que negaram seu voto ao regime de Nicolás Maduro, pois isso significa que eles “apoiaram os venezuelanos”. *NTN24

Publicidade