
Tamara Taraciuk – vice-diretora para as Américas da Human Rights Watch
O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou, nesta sexta-feira (7), a renovação por dois anos da Missão Internacional Independente para Apuração dos Fatos na Venezuela, entidade que investiga crimes contra a humanidade perpetrados no país caribenho.
A iniciativa, promovida por 39 países, destaca o mandato da comissão de contribuir para a responsabilização do regime venezuelano. Embora cinco países fossem contra, a medida foi aprovada por 19 países, enquanto 23 delegações se abstiveram.
“É importante ter um relatório equilibrado e medido. Nos relatórios, a missão documentou abusos de direitos humanos, tratamento desumano e degradante” , disse o embaixador dos EUA na OEA.
Sobre o assunto, Tamara Taraciuk, vice-diretora para as Américas da Human Rights Watch, conversou com La Tarde de NTN24.
“Não acho que tenha sido coincidência que, após os dois relatórios, a Procuradoria do Tribunal Penal Internacional (TPI) tenha decidido abrir sua investigação sobre crimes contra a humanidade na Venezuela (…) O Tribunal tem que fazer sua própria investigação, mas isso continua gerando evidências “, disse Taraciuk.
“Estamos acostumados com esses eventos acontecendo na Venezuela. O resultado de hoje é decepcionante, o desempenho de países como Argentina que está retrocedendo, assim como Honduras e México que se abstiveram”, enquadrou.
Questionado sobre a possibilidade de o regime madurista fazer parte do Conselho de Segurança da ONU, Taraciuk respondeu: “Maduro não tem credenciais para aspirar a um assento no Conselho de Segurança da ONU, já que se dedicou a boicotar aquele órgão”.
“Quando falamos de direitos humanos, não devemos nos importar com as ideologias políticas das vítimas, que é uma situação que ocorre na América Latina (…) A prorrogação de dois anos é importante, pois abrange o processo de pré -período eleitoral na Venezuela” , acrescentou o funcionário da HRW.
Na última terça-feira, 20 de setembro, a Missão Internacional Independente da Organização das Nações Unidas apresentou seu terceiro relatório anual sobre a República Bolivariana da Venezuela.
Os pesquisadores destacaram no texto que “ as torturas perpetradas pela Direção Geral de Contrainteligência Militar (DGCIM) e pelo Serviço Bolivariano de Inteligência (SEBIN) não foram eventos isolados, mas parte de uma estratégia orquestrada por Maduro”. *NTN24
O maduro é um ditador as pessoas estão sem comida sem empregos mas o problema maior é que tem gente que defende essa política como a Argentina e o Chile estão indo na mesma direção o Brasil logo logo vai para mesmo caminho
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