Protestos cívicos eclodiram por toda a Rússia como resposta ao programa de mobilização parcial do país. Isto ocorre enquanto reservistas já começaram a receber seus papéis de convocação.

O presidente Vladimir Putin anunciou o plano de mobilização na quarta-feira. Ele tomou esta atitude enquanto forças ucranianas continuavam a contraofensiva frente a forças russas nas regiões leste e sul da Ucrânia. Os ataques começaram no início de setembro.

Protestos foram registrados no sábado em Moscou, a capital, e em São Petersburgo, a segunda maior cidade do país. Manifestações estariam aparentemente sendo realizadas na Sibéria e também em outras regiões pelo país.

Muitas pessoas foram detidas pelas forças de segurança. Um grupo de defesa de direitos humanos na Rússia informou que mais de 740 indivíduos haviam sido presos em pelo menos 32 cidades até cerca de 9h da noite de sábado. O grupo declarou que documentos de convocação foram entregues a alguns dos detidos.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, foi questionado sobre a legalidade de tal ação. Ele respondeu que a ação é completamente lícita.

Veículos independentes da imprensa russa relataram que poderia ocorrer a convocação de cerca de um milhão de pessoas. Trata-se de um número muito maior que as 300.000 pessoas que o Ministério da Defesa anunciou que iria convocar. Tais veículos informam que as autoridades poderiam até convocar indivíduos que são tipicamente excluídos de um alistamento, como cidadãos idosos e estudantes.

O jornal independente da Rússia, Novaya Gazeta Europe, informou no sábado que a totalidade da população masculina de um vilarejo na região de Kemerovo, na Sibéria, havia sido convocada. *NHK

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