
Os insultos do vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela, Diosdado Cabello, ao presidente Gabriel Boric provocaram fortes reações de diferentes setores políticos no Chile.
O número dois do regime de Nicolás Maduro chamou o presidente chileno de “bobo” e “gafo” após o discurso que este fez na 77ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em que garantiu que a crise na Venezuela provocou um fluxo migratório que exerceu “uma tremenda pressão sobre nossas instituições e nossa sociedade”.
Depois disso, Cabello disse: “Que daí vamos nos render, que vamos recapitular porque na ONU um ‘bobo’ como Boric saiu a falar besteiras da Venezuela. Está equivocado. Gafo. sai a falar mal da Venezuela tendo tantos problemas em seu país”.
“Eles têm uma dívida histórica gigantesca com as populações mapuche e o que ele faz é persegui-los. Eles os declararam terroristas. E não fazem nada. É um povo que só reivindica o que lhes pertence. Ou uma guerra contra os alunos do ensino médio que os a única coisa que eles pedem é estudar. Não, mas ele vai lá falar mal da Venezuela, porque ele quer ficar bem com os gringos”, disse Cabello.
As palavras de Diosdado Cabello não caíram bem entre os diferentes setores políticos do Chile.
Após a polêmica, setores da direita pediram ao Partido Comunista, que faz parte do governo de Gabriel Boric, que rejeitasse essas declarações e, aliás, condenasse o regime de Nicolás Maduro.
O Partido Socialista, por sua vez, indicou que essas “são palavras intoleráveis”. “Espero que com essas declarações de membros do governo venezuelano, o Partido Comunista finalmente condene o regime de Maduro. O presidente Boric pertence a todos os chilenos”, disse o deputado Álvaro Carter.
O deputado Daniel Manouchehri, por sua vez, indicou: “Os insultos do líder do partido do presidente Maduro a Boric são absolutamente condenáveis. É claro que se a ditadura de Maduro não respeitar os direitos humanos, não respeitará as posições políticas de um presidente de outro país. *NTN24