
A ex-presidente temporária da Bolívia Jeanine Añez foi condenada nesta sexta-feira a 10 anos de prisão, acusada de ter realizado um golpe em 2019 contra seu antecessor, Evo Morales.
O Tribunal de Primeira Instância de La Paz anunciou a “pena condenatória” de 10 anos, a ser cumprida em uma prisão feminina em La Paz, três meses após o início do julgamento e 15 meses após a prisão preventiva da ex-presidente de direita.
O presidente do tribunal, Germán Ramos, destacou na leitura da sentença “a plena convicção” dos magistrados sobre a “participação e responsabilidade criminal” de Áñez e dos demais réus, que também devem pagar uma quantia ainda não especificada por suposta danos à Condição.
Em seu argumento final, Añez se declarou inocente, apontando que o Tribunal “excluiu” provas que descartaram a derrubada de Morales em 2019. “Nunca busquei o poder”, disse a ex-presidente de 54 anos, que se define como “preso político”.
“Fiz o que tinha que fazer, assumi a presidência por compromisso… Faria de novo se tivesse a oportunidade”, garantiu Áñez aos juízes do tribunal, que a visitaram na prisão de La Paz, onde está detida desde março de 2021.
Outro caso contra a ex-presidente, por sedição, terrorismo e conspiração, está em fase de investigação, portanto ainda não há acusações formais. *NTN24