
Ao 24° dia da invasão russa à Ucrânia, as tropas russas continuam a tentar cercar Kiev, capital ucraniana, após terem já conseguido invadir com sucesso várias outras cidades. Nos últimos dias, o conflito tem vindo a intensificar-se e a Rússia garante ter utilizado, pela primeira vez, mísseis hipersónicos em Ivano-Frankivsk, na zona oeste da Ucrânia.
Mísseis hipersónicos que podem viajar a uma velocidade entre 5 a 25 vezes mais rápido do que a velocidade do som e que são muito difíceis de neutralizar pelos sistemas de defesa. Esta é a mais recente aposta da Rússia para tentar controlar a Ucrânia.
Este sábado, 19 de Março, Igor Konashenkov, porta-voz do Ministério da Defesa russo, garantiu que a Rússia utilizou, pela primeira vez, os mísseis hipersónicos Kinzhal contra a Ucrânia, uma arma que pode atingir velocidades superiores a 12.300 quilómetros por hora.
Estes mísseis hipersónicos terão sido usados para destruir um depósito de armas subterrâneo, perto da cidade de Ivano-Frankivsk, no oeste da Ucrânia, de acordo com as informações veiculadas por Moscovo. Segundo a BBC, esta é a primeira vez que a Rússia utiliza este tipo de armamento na invasão à Ucrânia.
Presidente ucraniano volta a apelar ao diálogo
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, publicou esta sexta-feira, 18 de Março, um vídeo nas suas redes sociais onde voltou a apelar ao diálogo.
“Está na hora de nos reunirmos. Na hora de falar“, começou por referir. Caso isso não aconteça, o chefe de Estado ucraniano deixou o aviso: “As perdas da Rússia serão tantas que a Rússia não terá gerações suficientes para se reerguer“.
De referir que, quase um mês volvido desde o início da guerra na Ucrânia, já morreram pelo menos 816 civis. Para além disso, há registo de pelo menos 1.300 civis feridos, entre eles 130 crianças, de acordo com dados divulgados pela ONU esta sexta-feira.
Este sábado, está prevista a abertura de 10 corredores humanitários, segundo a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk. De acordo com um porta-voz ucraniano, mais de 9.000 pessoas conseguiram fugir ontem através destes mesmos corredores humanitários, numa altura em que as tropas russas continuam a ofensiva na Ucrânia. *RFI