A 18 de Março de 1962, há precisamente sessenta anos, as autoridades francesas e uma delegação provisória da República argelina entram na história com a assinatura dos Acordos de Évian. Os dois países põem fim a 132 anos de presença colonial francesa na Argélia e a uma das guerras mais ferozes que o continente africano viveu no século XX.
Os acordos resultam de 18 meses de negociações secretas e compromissos entre entre negociadores franceses e argelinos.
“Um momento vivido com muito entusiasmo”, recorda Pedro Pires, antigo Presidente cabo-verdiano e signatário ,em nome do PAIGC, do acordo para a independência da Guiné-Bissau.
Em 1962, Pedro Pires, encontrava-se em Rabat, em Marrocos, onde viu chegar Ben Balla e os companheiros. “Na altura abrem-se novas perspectivas para o continente africano”.
“O regime argelino foi um apoiante incondicional da luta de libertação dos povos de Angola, Guiné, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé. Foi um local, de ponto de vista político, de grande importância. Amílcar Cabral teria dito que a Argélia era a meca dos combatentes de liberdade africanos”, lembra. *RFI